Data: 2006
Material: Mesa de pebolim, microfones, amplificadores, mesa e caixas de som, sampler, circuito eletrônico e caixa de luz.

O coletivo de artistas Chelpa Ferro foi criado em 1995 pelos artistas plásticos Jorge Barrão, Luiz Zerbini, o editor de imagens Sérgio Mekler e o produtor musical Chico Neves. Atualmente, é um dos grupos mais inovadores das artes plásticas, no Brasil.

Seu “Totó Treme Terra” causa sensação desde a entrada da exposição, com os sons que emite. Trata-se de uma obra interativa: o visitante inicia seu jogo Brasil X Argentina no pebolim e a “máquina” criada por Chelpa Ferro traduz, em sons, a partida.

NO SEGUNDO PISO
A nova geração

Este é o andarsui-generis da exposição onde estão os novos nomes da produção artística brasileira e onde só há instalações: aquelas montagens – muitas vezes mirabolantes - que a maioria não entende, mas sem as quais é impossível pensar no desenvolvimento da arte. Elas ditam as tendências mundiais.

“Museu de verdade tem que pensar nos jovens porque é o espaço apropriado para abrigar essa arte avançada”, diz João Spinelli, professor da USP e da UNESP, historiador e crítico de arte, doutor em Artes pela USP. “O MAM foi extremamente audacioso quando incluiu esses nomes em seu acervo e, também agora, colocando-os, na mesma exposição, ao lado de nomes históricos e/ou já consolidados”, ressalta.

Lá estão os trabalhos conceituais de Marepe (que também expõe na Bienal, no Parque dó Ibirapuera, pertinho da OCA), de Pazé, João Loureiro, João Paulo Leite, do coletivo Chelpa Ferro e da fotógrafa Lúcia Koch, entre outros. Vale a reflexão.