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Data: 1966 |
Uma das 10 xilogravuras, em destaque. O baiano Raimundo de Oliveira teve forte influência de sua mãe no que se refere à vocação para a pintura – ela era pintora especializada em temas religiosos – e também para a religião. Freqüentou o seminário, onde desenvolveu suas habilidades: além de pintor, descobriu-se bom desenhista, a gravador e, ainda, talentoso na produção de xilos. Sua obra tem nítida influência religiosa, como a “Bíblia” exposta na OCA numa mesa especial, com tampo de vidro. Lá estão as 10 xilogravuras – com capa e tudo! - que retratam sua interpretação para passagens dos ensinamentos cristãos. Apesar de não ser seu principal trabalho – o mais importante é “Via Crucis” – ela retrata sua linguagem artística, que mescla o visual do cordel com cores inusitadas e deliciosas. NO SUB-SOLO A ausência das obras “perdidas” pelo MAM, em 1963, é sentida neste espaço. Por isso, ele é uma espécie de “território de sombras”, que exalta obras inquietas, traduzindo não a cultura do modernismo brasileiro de 1922 e nem do modernismo formalista, mas, sim, trabalhos que “traem” o estabelecido, o comum. Aqui estão reunidos artistas questionadores como Nelson Leirner, Vik Muniz, Waltércio Caldas, Gustavo Resende, Tunga, Sandra Cinto, Leda Catunda, Lenora de Barros e Regina Silveira. As obras desta última, de alguma forma, inspiraram a curadoria com suas “Sombras”: estes são os primeiros trabalhos que o visitante vê ao chegar ao sub-solo. A fotografia tem destaque nesta exposição (porque o Museu aposta muito nessa arte), expondo imagens em P&B de celebridades da cena política e cultural ou em composições fortes como “As Caranguejeiras”, da inglesa Maureen Bisiliat. |