Data: 1993/96
Material: Recorte em laminado de mandeira, coberto com pelo sintético

“Nos anos 80, Regina criou um álbum de gravuras chamado Anamorfas, que discutia a ilusão da realidade oferecida pela perspectiva”, conta Edson Reuter, professor de História da Arte do SENAC. “As obras que estão na OCA são conseqüência direta dessa série de gravuras, mas não são gravuras. São imagens grandes que geram um outro tipo de relação corporal. A imagem está mais solta como se os elementos da perspectiva estivessem incorporados ao local e fossem utilizados com mais flexibilidade”.

NO SUB-SOLO
O subconsciente do Museu

A ausência das obras “perdidas” pelo MAM, em 1963, é sentida neste espaço. Por isso, ele é uma espécie de “território de sombras”, que exalta obras inquietas, traduzindo não a cultura do modernismo brasileiro de 1922 e nem do modernismo formalista, mas, sim, trabalhos que “traem” o estabelecido, o comum.

Aqui estão reunidos artistas questionadores como Nelson Leirner, Vik Muniz, Waltércio Caldas, Gustavo Resende, Tunga, Sandra Cinto, Leda Catunda, Lenora de Barros e Regina Silveira. As obras desta última, de alguma forma, inspiraram a curadoria com suas “Sombras”: estes são os primeiros trabalhos que o visitante vê ao chegar ao sub-solo.

A fotografia tem destaque nesta exposição (porque o Museu aposta muito nessa arte), expondo imagens em P&B de celebridades da cena política e cultural ou em composições fortes como “As Caranguejeiras”, da inglesa Maureen Bisiliat.