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Data: 2000 |
Vik Muniz é fotógrafo e desenhista ou pintor. “No início de sua carreira, fotografava suas esculturas para vendê-las por uma questão prática: é mais fácil carregar fotografias do que esculturas. Assim, tornou-se fotógrafo porque é impossível transportar suas obras tão frágeis e perecíveis. Ele utiliza materiais inusitados como açúcar, terra, serragem, chocolate, botões para desenhar ou esculpir”, salienta Edson Pfützenreuter. Ao vermos uma foto de Vik, impossível não reparar neles também. “Ora vejo o desenho, ora vejo o chocolate, nesta obra na OCA”. Interessante pensar que tudo o que ele cria desaparece em seguida. São esculturas, pinturas e desenhos temporários. Feitos para não durar, mas eternizados pela fotografia. NO SUB-SOLO A ausência das obras “perdidas” pelo MAM, em 1963, é sentida neste espaço. Por isso, ele é uma espécie de “território de sombras”, que exalta obras inquietas, traduzindo não a cultura do modernismo brasileiro de 1922 e nem do modernismo formalista, mas, sim, trabalhos que “traem” o estabelecido, o comum. Aqui estão reunidos artistas questionadores como Nelson Leirner, Vik Muniz, Waltércio Caldas, Gustavo Resende, Tunga, Sandra Cinto, Leda Catunda, Lenora de Barros e Regina Silveira. As obras desta última, de alguma forma, inspiraram a curadoria com suas “Sombras”: estes são os primeiros trabalhos que o visitante vê ao chegar ao sub-solo. A fotografia tem destaque nesta exposição (porque o Museu aposta muito nessa arte), expondo imagens em P&B de celebridades da cena política e cultural ou em composições fortes como “As Caranguejeiras”, da inglesa Maureen Bisiliat. |