NO TÉRREO
A relação entre a arte e a cidade

Esta é a reflexão no térreo da OCA, que exibe cerca de 285 obras, revelando a “falência do projeto da modernidade brasileira” a partir dos anos 50, quando foram produzidas quase todas as peças deste acervo.

Uma série de fotografias do final dos anos 40, produzidas por Geraldo de Barros, Thomas Farkas e German Lorca sobre a construção de Brasília, convivem com produções mais recentes, como a imagem da posse de Lula feita por Mauro Restiffe.

Também estão presentes artistas que deram continuidade diversa à pintura moderna, na visão do curador, como Alfredo Volpi, e que convivem harmoniosamente com construtivistas como Amílcar deCastro, Ana Maria Tavares, Lígia Clark, Mira Schendel, entre outros. A presença de do artista cinético Abraham Platinik, com seu trabalho mutante, é essencial.

A OBRA

Cássio Vasconcellos nunca deixou de implementar seu trabalho autoral – não importando seu trabalho profissional no momento: fotojornalismo ou publicidade. E sempre se mostra atento em relação a reflexão que suas obras podem provocar. Na obra que ele apresentou, primeiro, na exposição “Arte Cidade” – projeto de intervenções urbanas que se realiza desde 1994 – que faz parte do acervo do MAM e está na OCA, “a perspectiva é elemento fundamental”, explica o historiador Edson Pfützenreuter.

Trata-se de uma grande imagem fotográfica, fragmentada em 67 pedaços dispostos em diferentes planos, com área de projeção final equivalente a 2,70m X 8 m. A partir de um ponto de vista único, é possível vê-la como um todo. Este ponto é indicado/sugerido por uma cadeira, na qual o visitante senta para compreender a paisagem fragmentada.