Data: 1989
Material: Acrílico sobre tela

Tomie veio ao Brasil, com 23 anos, apenas para visitar o irmão, mas a situação do outro lado do oceano se encheu de incertezas e ela acabou casando por aqui e ficou, sem saber que se tornaria um dos nomes mais expressivos da arte no Brasil. Ela é uma profissional singular, com múltiplos talentos: pinta, esculpe e grava. Seria impossível não ter uma obra sua neste acervo tão importante. Ainda mais porque sua primeira exposição individual foi realizada no MAM. Entre suas obras mais conhecidas estão algumas públicas como o painel pintado no Edifício Santa Mônica, na Ladeira da Memória, em São Paulo; a escultura “Estrela do Mar”, na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro; a escultura em homenagem aos 80 anos da imigração japonesa no Brasil, além dos painéis para o Memorial da América Latina e para a estação Consolação do Metrô, em São Paulo.

NO TÉRREO
A relação entre a arte e a cidade

Esta é a reflexão no térreo da OCA, que exibe cerca de 285 obras, revelando a “falência do projeto da modernidade brasileira” a partir dos anos 50, quando foram produzidas quase todas as peças deste acervo.

Uma série de fotografias do final dos anos 40, produzidas por Geraldo de Barros, Thomas Farkas e German Lorca sobre a construção de Brasília, convivem com produções mais recentes, como a imagem da posse de Lula feita por Mauro Restiffe.

Também estão presentes artistas que deram continuidade diversa à pintura moderna, na visão do curador, como Alfredo Volpi, e que convivem harmoniosamente com construtivistas como Amílcar deCastro, Ana Maria Tavares, Lígia Clark, Mira Schendel, entre outros. A presença de do artista cinético Abraham Platinik, com seu trabalho mutante, é essencial.